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Nutrição do córtex pré-frontal no hiperativo

    A importância de alimentos equilibrados.

    A intervenção nutritiva pode ser especialmente útil nessa parte do cérebro.

    Durante anos recomendei uma dieta alta em proteínas e baixa em carboidratos, relativamente de pouca gordura para meus pacientes com DDA.

    Essa dieta tem um efeito estabilizador nos níveis de açúcar no sangue e ajuda tanto no nível de energia quanto na concentração.

    Infelizmente, a grande dieta norte-americana é cheia de carboidratos refinados, que tem um efeito negativo nos níveis de dopamina no cérebro e na concentração.

    Com ambos os pais trabalhando fora de casa, há menos tempo para preparar refeições saudáveis e refeições fast food tornaram-se mais comuns.

    O café da manhã de hoje consiste tipicamente de alimentos que têm muitos carboidratos simples, como waffles congelados ou panquecas. Tortas, bolinhos, doces e cereais.

    A salsicha e os ovos foram deixados de lado em muitas casas, devido à falta de tempo e à ideia de que a gordura faz mal. Ainda que seja importante ser cuidadoso na ingestão de gordura, o café da manhã antigo não é uma ideia tão má para as pessoas que têm DDA ou outros estados onde a dopamina seja insuficiente.

    hiperativo não combina com hambúrrger e batatas fritas            versus              hiperativo combina com vegetais

    As melhores fontes de proteína que eu recomendo são

    • as carnes magras,
    • ovos,
    • queijos magros,
    • nozes e legumes, que ficam mais equilibradas com uma porção saudável de vegetais.

    Refeições

    Um café da manhã ideal consiste de uma omelete com queijo magro e carne magra, como a de frango.

    Um almoço ideal consiste de atum, frango ou salada de peixe fresco, com legumes mistos.

    Um jantar ideal contém mais carboidratos, para equilibrar a refeição com carne magra e legumes.

    Eliminar açucares simples (como nos bolos, doces, sorvetes e guloseimas) e carboidratos simples, que são prontamente quebrados em açúcar (como pão, massa, arroz e batatas), terá um impacto positivo no nível de energia e aquisição de conhecimento.

    Essa dieta ajuda a elevar os níveis de dopamina no cérebro.

    É importante observar, no entanto, que essa dieta não é ideal para pessoas com problemas no cíngulo ou de concentração excessiva, que geralmente se originam de uma relativa deficiência de serotonina. O nível de serotonina aumenta, a dopamina tende a decrescer e vice-versa.

    Suplementos nutritivos podem também surtir efeito positivo nos níveis de dopamina do cérebro e melhoram o foco e a energia.

    Complementos

    Eu frequentemente faço meus pacientes tomar uma combinação de

    • tirosina (500 a 1.500 miligramas duas ou três vezes ao dia);
    • sementes de uva OPC (oligomeric procyanidius) ou casca de pinho, encontradas em lojas de produtos naturais (meio miligrama por quilo do peso do corpo); e
    • gingko biloba (60 a 120 miligramas duas vezes ao dia).

    Esses suplementos ajudam a aumentar o fluxo de dopamina e o fluxo sanguíneo no cérebro e muitos dos meus pacientes relatam que eles ajudam na energia, na concentração e no controle de impulso.

    Se quiser tentar esses suplementos, fale com seu médico.

    Tente o foco MOZART com hiperativos

    para hiperatividade tente o foco mozart
    para hiperatividade tente o Foco Mozart

    Um estudo controlado descobriu que ouvir Mozart ajudava crianças com DDA.

    Rosalie Rebollo Pratt e colegas estudaram 19 crianças com DDA, entre os sete e dezessete anos.

    Eles tocavam discos de Mozart para as crianças, três vezes por semana, durante sessões de biofeedback de ondas cerebrais.

    Eles colocavam o 100 Masterpieces, volume 3, que incluía o Concerto para Piano n. º 21 em dó, O Casamento de Fígaro, o Concerto para Flauta n. º 2 em lá, Don Giovanni e outros concertos e sonatas.

    O grupo que ouvia Mozart reduzia sua atividade de ondas cerebrais teta (ondas lentas que são frequentemente excessivas no DDA) ao ritmo exato do compasso subjacente da música; e exibia melhora de concentração e controle de humor, diminuindo a impulsividade e aumentando a habilidade social.

    Entre os sujeitos que melhoraram, 70 por cento mantiveram essa melhora seis meses depois do fim do estudo e sem treinamento posterior. (Estas descobertas foram publicadas no International Journal of Arts Medicine, 1995).


    Abaixo, todos os tópicos sobre Hiperatividade (DDA/TDAH)


    Para encontrar profissionais que possam ajudá-lo, visite a

    Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA)

    Extraído do livro: Transforme seu cérebro, transforme sua vida. Daniel G. Amen, M.D. Editora Mercúrio