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Sente dor? Algo pode estar errado!

    Levante a mão quem nunca se automedicou por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro, entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao médico.

    Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação dolorosa sem procurar ajuda.

    A dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo.

    A origem do mal estar? Eis a questão — e, para ela, precisamos ter sempre uma resposta. Na dúvida, toda dor precisa ser checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual.

    Dor de cabeça

    Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento. Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha esporádica em diária.

    Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que podem estar relacionadas a hipertensão arterial.

    Dor de garganta

    Costuma ser causada pela amigdalite de origem bacteriana ou viral. Se não for tratada, a amigdalite bacteriana pode exigir até cirurgia.

    A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor.

    Se ela parece nunca ir embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser confundidos, pelos leigos, como simples infecções.

    Dor no peito

    Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços.

    Em geral, isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias.

    A sensação no peito é como a de um dedo apertado por um elástico.

    E piora com o estresse e o esforço físico. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido diagnóstico pode salvar a vida.

    Dor nas pernas

    Muita gente não hesita em culpar as varizes — às vezes injustamente. A causa pode ser outra.

    Uma artrose, por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada, piora até um ponto quase sem retorno.

    Em outros indivíduos a dor vem das pisadas. É quando há um erro na posição dos pés ou se usam calçados inadequados.

    Sem contar doenças como hipotireoidismo e diabete, que afetam a circulação nos membros. Há medicamentos específicos para resolver a dor nesses casos.

    Dor abdominal

    Uma dica: o importante é saber onde começa.

    Uma inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz diferença. Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa bolsa que guarda a bile fabricada no fígado.

    Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual — levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. Uma em cada dez mulheres que vivem sentindo dor no abdômen tem essa doença.

    Dor nas costas 
    A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo. Conviver com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias sempre é motivo de visitar o médico.

    Dor no corpo

    Se ele vive moído, atenção às suas emoções.

    A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da cabeça aos pés.

    uem tem dores constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas de ordem emocional.

    E, claro, essas dores que no fundo são da alma também precisam de alívio.

    Ajude o médico a descobrir a verdadeira causa das dores. Leve as seguintes informações para a consulta:

    Quando

    Puxe pela memória o dia, semana ou mês em que sua dor deu as caras e identifique a frequência com que ela aparece — se é diária, quantas vezes por dia se manifesta e quanto tempo costuma durar.

    Onde 

    Aponte os lugares do corpo em que a dor ocorre. Se for difícil especificar um ponto, mostre a região afetada. Explique também se ela começa em um lugar e, dali, se irradia para outros.

    Como 

    Descreva a sensação — queima? Dá pontadas ou agulhadas? Formigamento? No lugar onde dói, você sente um aperto ou pressão? Acredite: para os ouvidos dos especialistas, esse tipo de informação vale ouro.

    Avaliação 

    Dê uma nota de 1 a 10 à sua dor, comparando-a a outras que você já sentiu.

    Avalie o grau e não deixe de contar ao especialista se teve febre, perda de apetite ou falta de sono depois que a dor apareceu.

    Soluções 

    O que fez para diminuir a dor? Relate se uma bolsa de água quente ajudou. E preste atenção no seu corpo para dizer o que parece piorar a sensação dolorosa — comida gordurosa, esforço físico… o quê?