Molécula ES-62 melhorou os sintomas e impediu o desenvolvimento da doença autoimune, artrite reumatoide, em modelos animais.
(jan 2010) As propriedades anti-inflamatórias de uma molécula secretada por vermes parasitas podem ser utilizadas como um novo tratamento para a artrite reumatoide, de acordo com estudo realizado por cientistas escoceses.
Cientistas das Universidades de Glasgow e Strathclyde descobriram que a molécula conhecida como ES-62 melhorou os sintomas e impediu o desenvolvimento de artrite em modelos animais.
Os cientistas, liderados por Margaret Harnett e William Harnett, agora planejam ampliar suas descobertas com mais pesquisas para desenvolver novos medicamentos com base no produto do verme.
A artrite reumatoide afeta cerca de 500 mil pessoas no Reino Unido, e é uma condição crônica e incapacitante na qual o sistema imunológico do corpo ataca as articulações.
Apesar de novos tratamentos biológicos, como as terapias anti-TNF fazerem uma enorme diferença na vida dos pacientes, uma proporção significativa dos pacientes ainda não responde a este tratamento.
“Sabemos há vários anos que existe potencial para parasitas secretarem produtos que podem ajudar a diminuir a inflamação para tratar condições inflamatórias, como a artrite reumatoide. No entanto, esta pesquisa descobriu que uma molécula em particular pode ser usada como um ponto de partida para o desenvolvimento de novos tratamentos para a artrite reumatoide”, conclui Margaret Harnett.
A pesquisa foi publicada na revista Arthritis and Rheumatism.