Enxaqueca tem mais de um fator desencadeante, veja:
Pacientes que têm enxaqueca parecem ter neurônios mais sensíveis, que se tornam cada vez mais responsivos à estimulação nociceptiva (estímulos agressivos) e não nociceptiva (estímulos não agressivos). Como resultado, uma grande variedade de situações podem agir como gatilhos para o surgimento de uma crise de migrânea.
Em um estudo retrospectivo de 2007, realizado com 1.750 pacientes no Centro de Cefaleias de Atlanta, EUA, aproximadamente 75% relataram ter pelo menos um conhecido gatilho para as crises agudas de enxaqueca. Os mais comum em ordem decrescente de frequência eram:
- Estresse emocional (80%)
- Variações hormonais nas mulheres, como aquelas que acontecem durante o ciclo menstrual ou gravidez (65%).
- Jejum (57%).
- Variações climáticas (53%).
- Dormir demais ou dormir de menos (50%).
- Exposição a odores fortes, tais como perfumes, gasolina ou produtos de limpeza dores (44%).
- Quadros de dor no pescoço (38%).
- Exposição à luz forte (38%).
- Consumo de álcool, principalmente vinho tinto (38%).
- Tabagismo (36%).
- Alterações recentes no padrão habitual do sono (32%).
- Exposição ao calor (30%).
- Alimentos específicos (27%).
- Exercício físico (22%).
- Atividade sexual (5%).
Além dos fatores listados no estudo, ainda há outras situações frequentemente associadas ao surgimento das crises de enxaqueca:
- Medicamentos (por exemplo: nitroglicerina, reserpina, hidralazina, ranitidina e contraceptivos orais).
- Trauma na cabeça.
- Náuseas.
- Estímulos frios, como água gelada ou sorvete.
- Sedentarismo.
- Locais barulhentos.
ALIMENTOS QUE PODEM DESENCADEAR CRISES DE ENXAQUECA
Certos alimentos e aditivos também podem ser potenciais gatilhos da enxaqueca. Os mais descritos são:
- Cafeína.
- Aspartame.
- Sacarina.
- Glutamato monossódico (Ajinomoto).
- Frutas cítricas.
- Alimentos que contenham tiramina, como alguns tipos de queijos envelhecidos e bebidas alcoólicas fermentadas.
- Carnes que contenham nitritos, como linguiça, salame, salsicha, presunto e bacon.
É importante destacar, porém, que os grandes estudos epidemiológicos nunca conseguiram comprovar de forma inequívoca a relação entre dietas específicas e a enxaqueca, tanto de forma positiva quanto negativa. No entanto, os pacientes que identificam determinados alimentos como gatilhos para suas crises devem ser orientados a evitá-los.
Para saber mais sobre a enxaqueca, acesse o seguinte artigo: ENXAQUECA – SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO.
Dr. Pedro Pinheiro – Médico especializado em Clínica Geral e Nefrologia com mais de 15 anos de prática médica ambulatorial e hospitalar. Autor de mais de 1000 artigos publicados na Internet sobre saúde em língua portuguesa e espanhola.
Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Títulos reconhecidos pela Faculdade de Medicina do Porto e Colégio da Especialidade de Nefrologia de Portugal.
Link da matéria: ENXAQUECA – SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO