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Autocuidado é a melhor opção para qualidade de vida

    Autocuidado é Qualidade de vida

    Autocuidado é cuidar-se de si mesmo, buscar quais são as necessidades do corpo e da mente, melhorar o estilo de vida, evitar hábitos nocivos, desenvolver uma alimentação sadia, conhecer e controlar os fatores de risco que levam às doenças, adotar medidas de prevenção de doenças. Todas essas ações visam à melhoria da qualidade de vida.

    Representam bem os maus hábitos, o sedentarismo (falta de atividade física), o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade, pois todos aumentam a toxicidade do organismo, já que deterioram as artérias, impedindo a boa oxigenação das células do organismo.

    Dieta saudável é autocuidado
    Uma dieta saudável significa a ingestão de alimentos que possam ser digeridos com facilidade e que não produzam o depósito de gorduras e açúcares, de preferência usando pouco sal e com uma boa quantidade de líquidos, verduras e frutas.

    Os exercícios físicos favorecem o sono, o apetite, promovem o bom funcionamento dos intestinos, a concentração, ajudam a manter o equilíbrio e a coordenação motora, evitam e reduzem o sobrepeso, aumentam a quantidade cerebral das endorfinas que combatem a depressão, mas não devem ser extenuantes. Caminhadas diárias são as mais recomendadas.

    O desenvolvimento de bons hábitos de higiene inclui banhos diários; escovação dos dentes ao acordar e após as refeições, precedida do uso do fio dental; lavar sempre as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro; respeitar o corpo em relação aos horários para se alimentar, descansar e dormir.

    Aos idosos, evitar as quedas, devido à maior fragilidade óssea e, muitas vezes conseqüência de um repouso excessivo.

    Evitar a exposição ao frio intenso, que favorece o aparecimento de resfriados, gripes, etc.

    Bem como, evitar o excesso de sol, principalmente no horário da expansão dos raios infravermelhos (das 11:00 às 15:00 horas – atenção ao horário de verão), hidratando e protegendo a pele com produtos confiáveis.

    Sem esquecer que é preciso buscar prazer e felicidade na vida.

    Fórmulas Anti-Stress

    Dos males do século XXI, um dos mais importante pois, afeta grande parte da população ativa, é o stress.

    Dores de cabeça, esquecimentos, batimentos cardíacos acelerados, mau humor, choros sem motivo, vontade de sumir, músculos doridos ou mãos frias e úmidas podem ser alguns sintomas. Mas diminuir os efeitos não é impossível, principalmente adotando algumas das medidas anti-stress:

     1 – Acorde mais cedo:

    Em vez de começar o dia no meio do maior stress porque não tem tempo para fazer nada, experimente levantar-se um bocadinho mais cedo e organizar melhor as suas manhãs. Não se deixe tentar pelo calorzinho dos cobertores e salte da cama assim que o despertador tocar. Tome um bom café da manhã e um banho relaxante.

     2 – Planeje o seu dia:

    Tente perceber em que altura do dia a sua produtividade está em alta. Há pessoas que rendem mais de manhã enquanto outras funcionam a 100% mais pela tarde. Escolha o período em que tem mais energia e deixe para essa altura as tarefas de maior responsabilidade ou que exijam maior criatividade. Lembre-se, no entanto, que por mais organizado que seja, existem imprevistos que não se consegue controlar.

     3 – Defina prioridades:

    Não queira fazer tudo ao mesmo tempo nem queira fazer tudo sozinho. Faça uma listagem das suas reais prioridades e tente cumpri-la. Ponha os assuntos que exigem mais em primeiro lugar mas tente não descuidar dos pequenos assuntos que tendem a ficar esquecidos.

     4 – Saiba dizer não:

    Quando se sentir demasiado pressionado tenha a coragem de dizer basta! Se o seu chefe lhe parecer demasiado empenhado em não o deixar respirar, exigindo-lhe mais e mais trabalho, explique-lhe que, apesar de tentar, não consegue fazer tanta coisa ao mesmo tempo. Tente também não fazer o trabalho dos seus colegas. Sempre que poder ajudar, ajude, mas não deixe que eles fiquem mal habituados.

     5 – Crie um bom ambiente:

    Pensamentos positivos ativam as energias positivas que temos em nós. E depois, simpatia gera simpatia. Elogie, seja prestativo e simpático com os seus colegas.

     6 – Aprenda a relaxar:

    Nada melhor do que depois de um dia estafante o poder chegar em casa, sair para caminhar, brincar com as crianças e tomar um longo banho.

     7 – Mude de rotina:

    É importante que você consiga viver para além do trabalho. Presenteie-se após um trabalho complicado. Que tal aquele livro que sempre quis ou aquela camisola caríssima? Deixe o trabalho e seus problemas antes de entrar em casa.

     8 – Tenha vida social:

    Tenha uma vida social ativa porque desta maneira vai ser mais fácil de não pensar nos problemas que deixou para trás no escritório. Vá a festas, ao cinema ou ao teatro. Cultive amizades.

     9 – Dedique-se a uma atividade criativa:

    Utilize os seus tempos livres para se dedicar a uma atividade que puxe pela sua concentração e criatividade. Tendo a sua mente ocupada não vai ter tempo para pensar nem se chatear com os problemas do dia-a-dia ou do trabalho. A pintura é um bom exemplo.

     10 – Melhore a sua vida sexual:

    Esta é também uma ótima solução para combater o stress acumulado durante um dia de trabalho. Ter uma vida sexual ativa e saudável é meio caminho andado para se sentir uma pessoa plenamente realizada e, desta forma, sentir-se mais confiante.

    Prevenção garante qualidade de vida

    Prevenir é o ato pelo qual se procura evitar que algo aconteça. É missão essencial dos serviços de saúde evitar ou prevenir o aparecimento de doenças.

    Níveis de Prevenção:

    1. Prevenção Primária: compreende a proteção e a promoção da saúde. Caracteriza-se por medidas de saúde que barram o aparecimento das doenças. Exemplos: a vacinação impede o aparecimento de algumas doenças infecciosas como o sarampo, a rubéola, a poliomielite, etc; a fluoração das águas previne o aparecimento das cáries.
    2. Prevenção Secundária: compreende o diagnóstico precoce das doenças, ou seja, a doença é descoberta o mais cedo possível, o que permite seu tratamento imediato, diminuindo as complicações e a mortalidade. Neste caso, a doença já está presente, porém, geralmente, de forma assintomática (a pessoa ainda não sente nada). Exemplos: mamografia e exame preventivo de câncer do colo do útero (Papanicolau).
    3. Prevenção Terciária: aqui a doença já causou o dano, compreendendo, então, a reabilitação.

    No entanto, nem todas as doenças podem ser prevenidas primariamente…

    Isso vai depender das características da doença, do tratamento existente e dos testes para identifica-la.

    Estes parâmetros vêm sendo determinados por estudos científicos sérios e que vêm apontando como deve ser a atuação do médico frente às diferentes doenças.

    Fonte:

    Programa de Educação Médica a Distância de Medicina familiar e Ambulatorial, 2002, Buenos Aires.

    Vacinação

    Cheque se suas vacinas estão em dia:

    Calendário Básico de Vacinação
    IDADEVACINASDOSESDOENÇAS EVITADAS
    Ao nascerBCG – IDDose únicaFormas graves de tuberculose
    Vacina contra hepatite B1ª. doseHepatite B
    1 mêsVacina contra hepatite B2ª. doseHepatite B
    2 mesesVOP (vacina oral contra pólio)1ª. dosePoliomielite ou paralisia infantil
    Vacina tetravalente (DPT + Hib) (1)1ª. doseDifteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.
    4 mesesVOP (vacina oral contra pólio)2ª. dosePoliomielite ou paralisia infantil
    Vacina tetravalente (DPT + Hib) (1)2ª. doseDifteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.
    6 mesesVOP (vacina oral contra pólio)3ª. dosePoliomielite ou paralisia infantil
    Vacina tetravalente (DPT + Hib) (1)3ª. doseDifteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.
    Vacina contra hepatite B (2)3ª. doseHepatite B
    9 meses (3)Vacina contra febre amarelaDose únicaFebre amarela
    12 mesesSCR (tríplice viral) (4)Dose únicaSarampo, rubéola, síndrome rubéola congênita e caxumba.
    15 mesesVOP (vacina oral contra pólio)reforçoPoliomielite ou paralisia infantil
    DTP (tríplice bacteriana)reforçoDifteria, tétano e coqueluche.
    6 a 10 anosBCG – ID (5)reforçoFormas graves de tuberculose
    10 a 11 anosdT (dupla adulto) (6)reforçoDifteria e tétano
    Vacina contra febre amarelareforçoFebre amarela
    Mulheres de 12 a 49 anos (7)SR (dupla viral)Dose únicaSarampo, rubéola e síndrome rubéola congênita.
    A partir de 60 anos (8)Vacina contra influenzaDose únicaGripe (Influenza)
    Vacina contra pneumococosDose únicaPneumonias
    OBSERVAÇÕES
    Vacina tetravalente (DTP + Hib)
    (1) A partir de 2002, a vacina tetravalente (DTP+Hib) passa a substituir as vacinas DTP e Hib para as crianças menores de 1 ano de idade que estão iniciando esquema de vacinação. Assim, a criança receberá aos 2, 4 e 6 meses de idade uma dose da vacina tetravalente e aos 15 meses faz o reforço com a DTP.
    Vacina contra hepatite B
    (2) Até 2003, a vacina contra hepatite B estará sendo oferecida aos menores de 20 anos. Em todo o país vacina-se grupos de risco em qualquer idade.
    9 meses – Vacina contra febre amarela
    (3) A vacinação para os residentes e viajantes à área endêmica (estados do Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) deverá ser realizada a partir dos 6 meses de idade. Para residentes e viajantes à área de transição (alguns municípios da Bahia, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) a vacina está indicada a partir dos 9 meses de idade. Uma dose de reforço é necessário a cada 10 anos.
    SRC (tríplice viral)
    (4) Deve ser vacinada toda a população entre 1 e 11 anos de idade.
    BCG – ID
    (5) Em alguns estados, esta dose ainda não foi implantada.
    DT (dupla adulto)
    (6) A dT requer um reforço a cada 10 anos, antecipado para 5 anos em caso de gravidez ou acidente com lesões graves.
    Mulheres de 12 a 49 anos
    (7) Mulheres ainda não vacinadas. Além disso, as mulheres desta faixa etária devem manter em dia o esquema de vacinação com a dT (dupla adulto), ver observação 6.
    A partir de 60 anos
    (8) As vacinas são oferecidas durante a campanha nacional do idoso, em geral no primeiro quadrimestre de cada ano. A vacina contra pneumococos é administrada nos indivíduos que convivem em instituições fechadas, tais como casas geriátricas, hospitais, asilos, casas de repouso, etc. na ocasião da campanha. A vacina contra influenza requer uma dose a cada ano e a vacina contra pneumococos uma única dose, com reforço após 5 anos.

    Fonte: 

    www.funasa.gov.br

    IMPORTANTE! Uma interrupção no calendário de imunizações não requer o reinício de toda a série. O importante é o número total das doses e não o intervalo entre elas. Assim, deve-se somente completar as doses que faltam.


    Práticas Preventivas favorecem Qualidade de Vida e é Autocuidado

    Práticas Preventivas recomendadas entre o nascimento e os 10 anos de vida:

    • Realizar puericultura nas Unidades Básicas de Saúde, onde o crescimento e o desenvolvimento da criança serão acompanhados;
    • Realizar o teste do pezinho para rastreamento de doenças como hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria;
    • Vacinação;
    • Visitas periódicas ao dentista;
    • Cuidado com acidentes em casa e no trânsito (use sempre cinto de segurança e capacete).

    Práticas Preventivas recomendadas entre os 11 e os 24 anos de vida:

    • Controle da pressão arterial;
    • Preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) anual;
    • Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (principalmente aconselhamento do uso de preservativos);
    • Vacinação;
    • Aconselhamento para prevenção do uso de drogas lícitas (álcool e tabagismo) e ilícitas;
    • Visitas periódicas ao dentista;
    •  Cuidado com de trânsito (use sempre cinto de segurança e capacete);
    • Indicação de ácido fólico de 0,5 a 1 mg em mulheres férteis que desejam engravidar.

    Práticas Preventivas recomendadas entre os 24 e os 64 anos de vida:

    • Controle da pressão arterial e do peso;
    • Controle dos níveis de colesterol e triglicerídeos;
    • Auto exame de mamas mensal;
    • Mamografia em mulheres de 40 a 69 anos a cada 2 anos e anual para mulheres acima de 35 anos cuja mãe ou irmãs tiveram câncer de mama;
    • Preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) anual;
    • Pesquisa de sangue oculto nas fezes anual em maiores de 50 anos;
    • Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (principalmente aconselhamento do uso de preservativos);
    • Vacinação;
    • Aconselhamento para prevenção do uso de drogas lícitas (álcool e tabagismo) e ilícitas;
    • Cuidado com acidentes de trânsito (use sempre cinto de segurança e capacete);
    • Visitas periódicas ao dentista;
    • Indicação de ácido fólico de 0,5 a 1 mg em mulheres férteis que desejam engravidar;
    • Realização de teste ergométrico nos sedentários que desejam realizar atividade física vigorosa;

    Práticas Preventivas recomendadas para maiores de 65 anos de vida:

    • Controle da pressão arterial e do peso;
    • Controle dos níveis de colesterol e triglicerídeos;
    • Pesquisa de sangue oculto nas fezes anual em maiores de 50 anos ou retossigmoidoscopia;
    • Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (principalmente aconselhamento do uso de preservativos);
    • Vacinação;
    • Aconselhamento para prevenção do uso de drogas lícitas (álcool e tabagismo) e ilícitas;
    • Cuidado com acidentes em casa e no trânsito (use sempre cinto de segurança);
    • Visitas periódicas ao dentista;
    • Controle da acuidade visual e auditiva;
    • Nas mulheres maiores de 69 mamografia bianual até os 74 anos;
    • Descontinuar o Papanicolau aos 65 anos se os dois últimos foram normais;
    • Atenção para a prevenção de acidentes.

    Fonte:

    Programa de Educação Médica a Distância de Medicina familiar e Ambulatorial, 2002, Buenos Aires.

    Referências:

    • Manual de Medicina de Família e Comunidade, 3ª edição, Ian R. McWhinney, Artmed, 2010.
    • Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, 3ª edição, Bruce B. Duncan, Artmed, 2004.